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Pequenos cientistas

Morreu o físico Stephen Hawking

Cientista, que surpreendeu os médicos ao viver mais de 50 anos com esclerose lateral amiotrófica, tinha 76 anos.

Stephen Hawking morreu esta quarta-feira de madrugada, na sua casa em Cambridge, aos 76 anos. O físico britânico, um dos nomes da ciência mais prestigiados e o cientista da atualidade mais conhecido em todo o mundo, trouxe um novo olhar sobre os buracos negros, nunca deixando de se indagar sobre a origem do Universo. Ao mesmo tempo que provocava, com humor e intelecto, o que sabíamos sobre o cosmos – tanto junto da academia como do público –, desafiava os próprios limites da vida humana.

Aos 21 anos, foi-lhe dito que sofria de esclerose lateral amiotrófica e que teria dois anos de vida pela frente. A doença veio a afetá-lo gradualmente, ao ponto de conseguir mexer pouco mais do que um dedo e piscar os olhos, mas o físico fintou o diagnóstico pessimista: com a ajuda de uma cadeira de rodas e um sintetizador de voz, ultrapassou em quase cinco décadas o tempo de vida que lhe era dado – sem nunca prescindir de participar na comunidade científica. Uma caraterística distintiva era o som da sua voz robótica, produzida por um sintetizador de voz; as letras ou palavras surgiam no ecrã do computador integrado na cadeira de rodas e Hawking escolhia quais queria dizer, através, nos últimos tempos, de um subtil movimento dos músculos das suas bochechas. 

Stephen Hawking nasceu em Oxford a 8 de Janeiro de 1942 – precisamente 300 anos depois da morte de Galileu Galilei, como gostava de mencionar – e morreu a 14 de Março deste ano – no dia do nascimento de Albert Einstein há 135 anos, que é também o dia do Pi (3,14).

Hawking dedicou a sua vida a tentar deslindar os mistérios do Universo, procurando conhecer os seus mecanismos e a forma como tudo começou. O seu objetivo, dizia, era “simples”: queria “um entendimento completo do Universo, desde a razão pela qual existe e pela qual existe sequer”. Destacou-se pelo seu trabalho na astrofísica, sobretudo no campo dos buracos negros e da relatividade, bem como pela divulgação científica, sendo autor do bestseller Breve História do Tempo: Do Big Bang aos Buracos Negros (1988).

A combinação entre a sua obra e o facto de permanecer quase totalmente incapacitado, fez com que se tornasse um dos cientistas mais conhecidos do mundo. Lançado em 2014, o filme The Theory of Everything (A Teoria de Tudo), retrata a sua vida e carreira académica. Prova da sua popularidade, fez uma aparição na série Star Trek: Next Generation, teve direito a uma caricatura em Os Simpsons e a sua voz foi usada pelos Pink Floyd nas canções “Keep Talking”, do álbum de 1994 The Division Bell e “Talkin’ Hawkin” do álbum The Endless River de 2014. Fez também participações especiais em A Teoria do Big Bang, uma sitcom em torno de um grupo de cientistas que estudam na Caltech, a universidade californiana onde Hawking fez vários seminários e fez investigação entre 1974 e 1975.

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DESTINO:MARTE

 

 

 

 

 

Foguetão da SpaceX partiu da Terra para pôr um carro a caminho de Marte

 

O foguetão gigante Falcon Heavy, com o qual a empresa privada SpaceX espera realizar missões para Marte no futuro, descolou hoje no Cabo Canaveral (Flórida), nos Estados Unidos, para uma viagem de teste com um carro a bordo.

Esta viagem serve para testar se o Falcon Heavy, com 70 metros de altura, era capaz de transportar mais de 66 toneladas e pode ser usado para transportar carga para o espaço.

O Falcon Heavy descolou às 15:45 locais (20:45 em Portugal) da plataforma LC-39A, a mesma plataforma a partir da qual descolaram os foguetões das missões Apollo com destino à lua (1961-1972).

Milhares de pessoas assistiram ao lançamento a partir das áreas autorizadas para o efeito no Centro Kennedy da NASA.

https://youtu.be/lQx6YBtQZbw

 

Um carro elétrico da Tesla, vermelho, é a carga que o Falcon Heavy deixará numa órbita próxima de Marte, se a missão decorrer como planeado.

O objetivo da empresa SpaceX é usar o foguetão gigante para transportar satélites mais pesados para o espaço e até, no futuro, seres humanos, graças à sua potência e capacidade apenas superados pela aeronave Saturn V, que atuou nas missões Apollo nas décadas de 60 e 70. O Falcon Heavy viajará para o espaço a uma velocidade de 11 quilómetros por segundo.

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DESCOBERTA CIENTÍFICA
DE 2017

 

 

Foi o acontecimento mais estudado na história da astronomia, envolvendo 4156 investigadores de 953 instituições

A primeira observação da colisão de duas estrelas de neutrões foi eleita pela revista Science como a descoberta científica de 2017, anunciou hoje a editora da publicação.

A colisão das duas estrelas, a 130 milhões de anos-luz, gerou ondas gravitacionais (ondulações no tecido espaço-tempo) detetadas na Terra. Ondas essas que tinham sido previstas há mais de cem anos pelo físico Albert Einstein, mas foram detetadas diretamente pela primeira vez em 2015, quando dois grandes buracos negros (zonas do Universo de onde nada pode escapar, nem mesmo a luz) chocaram.

A deteção das ondas, no observatório LIGO, nos Estados Unidos, foi distinguida em 2017 com o Prémio Nobel da Física, atribuído aos cientistas Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne.

Em agosto, detetores de raios-gama e radiotelescópios registaram a colisão das duas estrelas de neutrões, extremamente densas.

Segundo um dos colaboradores da Science, Adrian Cho, o fenómeno, observado em todos os comprimentos de onda de luz, "foi o acontecimento mais estudado na história da astronomia", envolvendo 4.156 investigadores de 953 instituições.

A revista Science é editada pela American Association for the Advancement of Science (Associação Americana para o Avanço da Ciência).

Diário de Notícias, 21 de dezembro de 2017

 

 

 

 

 

Sondas, europeia e japonesa, viajam para Mercúrio

 

Mercúrio é o planeta mais próximo da nossa estrela. Encontra-se a uns meros 57 910 000 km (uma distância que corresponde a pouco mais que o perímetro do nosso planeta) e à distância de 91 700 000 km a nossa Terra. Apesar de estar mais próximo do que Titã (uma das luas de Saturno) não costuma ser alvo de muitas visitas por parte dos “terráqueos”.

No entanto, no passado dia 20 de outubro, às 02:45 horas (hora de Lisboa), foram lançadas duas sondas com a ajuda do foguetão Ariane 5. Esta missão tem a parceria da ESA (Agência Espacial Europeia) e da JAXA (Agência Espacial Japonesa). As duas sondas só chegarão a Mercúrio daqui a 7 anos. Não que a distância seja assim tão longa, mas as sondas irão aproximar-se da Terra, Vénus e Mercúrio várias vezes até ficarem definitivamente em órbita com este planeta.

Mercúrio, devido à sua proximidade com o Sol, é um planeta muito quente. Devido à sua muito escassa atmosfera, não consegue manter a sua temperatura. De dia pode atingir os 427º C, permitindo fazer um belo churrasco, mas à noite desce para os -183º C, congelando tudo o que encontra. Deveria ser o planeta mais quente, mas não é!

A sonda europeia ficará a orbitar uma zona baixa da órbita de Mercúrio, para recolher informações sobre o interior, a superfície e camada exterior da atmosfera. A sonda japonesa orbitará muito mais longe e estudará a magnetosfera do planeta.

Podes assistir ao lançamento do foguetão clicando no link:

 https://www.noticiasaominuto.com/tech/1103546/imagens-do-lancamento-do-foguetao-da-primeira-missao-europeia-a-mercurio

Profª Ana Machado

Descoberto planeta fora do sistema solar mais próximo da Terra que pode albergar vida

 

Uma equipa internacional, da qual faz parte um investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), descobriu o planeta fora do sistema solar mais próximo da Terra, onde pode existir vida.

O Ross 128 b "é o mais próximo exoplaneta [que gira em torno de uma estrela fora do sistema solar] do tamanho da Terra, a orbitar uma estrela anã vermelha [estrela com pequena massa e de temperatura "baixa"] pouco ativa, o que aumenta as hipóteses de poder albergar vida", indica um comunicado remetido à agência Lusa pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).

"Muitas estrelas anãs vermelhas, incluindo a Próxima Centauri (a mais próxima do Sol), têm ocasionalmente fenómenos explosivos, que banham os planetas com doses letais de raios X e radiação ultravioleta, fenómenos podem esterilizar potenciais formas de vida nesses planetas", acrescenta a nota informativa.

Este exoplaneta, detetado pelo espetrógrafo HARPS - instalado no telescópio ESO, no Chile -, encontra-se a 11 anos-luz de distância da Terra e orbita a sua estrela uma vez a cada dez dias, a uma distância cerca de 20 vezes mais próxima do que a que separa a órbita da Terra do Sol.

No entanto, "por ser uma estrela anã vermelha pouco ativa, com pouco mais de metade da temperatura do Sol, a radiação com que a estrela banha o planeta é apenas 1,38 vezes superior à irradiação que chega à Terra".

 

Como resultado disto, "as estimativas para a temperatura do planeta variam entre -60 graus Celsius e 20 graus Celsius, mas devido à incerteza nestes cálculos, ainda não é certo se o planeta está dentro, ou imediatamente fora, da zona de habitabilidade da sua estrela".

De acordo com Ricardo Reis, do grupo de comunicação do IA, a zona de habitabilidade é a zona a partir da qual um planeta está à distância correta da sua estrela para poder ter água líquida à superfície.

"Em estrelas anãs vermelhas como esta, a zona de habitabilidade é mais próxima, podendo o exoplaneta ter condições para albergar vida, mas há outros fatores determinantes, como o facto de haver radiação ou se tem massa suficiente para ter atmosfera", disse Ricardo Reis à Lusa.

Apesar de atualmente estar a 11 anos-luz da Terra, o sistema Ross 128 vai-se aproximando da Terra, e espera-se que se torne o vizinho mais próximo dentro de 71.000 anos, ultrapassando a Próxima b, que orbita a estrela Próxima Centauri.

A descoberta deste planeta "ilustra a capacidade já existente para encontrar, e no futuro caracterizar em detalhe e de forma recorrente, planetas que reúnam as condições necessárias para a presença de vida", referiu Nuno Cardoso Santos, astrofísico do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

A equipa do IA, referiu, está a trabalhar "arduamente para atingir esse objetivo", tendo traçado um plano que inclui participações em missões espaciais da Agência Espacial Europeia (ESA) e em vários equipamentos do ESO, como o ELT ou o espetrógrafo ESPRESSO, que entrará em funcionamento ainda este mês e tem por objetivo procurar e detetar planetas parecidos com a Terra, capazes de suportar vida.

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