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Pequenos cientistas

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Sirius, a estrela mais brilhante

do nosso céu, vai apagar-se!

Quem já estudou Astronomia, em Físico-Química ou por interesse próprio, de certeza que sabe que é a estrela mais brilhante que se consegue observar durante a noite e que faz parte do nosso triângulo de Inverno.

Mas não, não se vai apagar! O que acontece é que um asteroide se vai colocar entre a Terra e a estrela Sirius, ficando “invisível” aos nossos olhos durante algum tempo.

Já agora conto-vos algumas curiosidades sobre esta estrela.

Para começar, não é só uma, mas sim duas, chamadas estrelas binárias: Sirius A e Sirius B que orbitam em torno uma da outra numa órbita elíptica de cerca de 50 anos, sendo a primeira muito mais brilhante que a segunda. Nem sempre foi assim. Sirius B foi, anteriormente ainda mais intensa do Sirius A é atualmente. Eram ambas estrelas azuis da sequência principal e o seu período de translação era de apenas de 9 anos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os egípcios construíram alguns dos seus templos de forma a receber a luz desta estrela e existem muitas referências que a mencionam. A expressão “um calor de cão” vem, provavelmente, da associação que os egípcios faziam entre o calor e esta estrela.

De acordo com a mitologia grega, Sirius A é a estrela principal da constelação Cão Maior e Sirius B da constelação Cão Menor. Terá sido colocada no céu, por Zeus, como os cães do grande caçador Orionte,cuja constelação se encontra logo ao lado. Sirius A corresponde à “medalha” que os cães ostentam no peito.

Profª Ana Machado

 

 

 

Reciclar… porquê?

 

 

Com todas as campanhas de sensibilização sobre reciclagem e apoios na educação, para que as crianças de hoje tenham hábitos mais amigos do ambiente, já todos sabem o que é e têm uma ideia, mesmo vaga, sobre a sua importância.

 

 

 

O que a maioria desconhece é o impacto que estes hábitos têm na realidade sobre o nosso planeta.

Por exemplo, a reciclagem de 1 000 kg de papel evita que 22 árvores sejam abatidas, poupa-se 75% de energia e polui o ar menos 74% do que produzir papel novo. Para cada 100 folhas de papel (menos do que existe numa resma) é necessário abater uma árvore de 2 m de altura, a energia de 5 lâmpadas e 50 L de água.

No caso do vidro, que leva milhares de anos a decompor-se na natureza, por cada 1 000 kg de vidro poupam-se 1 200 kg de matérias-primas, podendo o vidro ser reciclado indefinidamente.

A reciclagem do plástico, cuja matéria-prima principal é o petróleo, “poupa” 1 000 kg de petróleo por cada 100 000 kg de plástico reciclado.

E parece que a nossa região está de parabéns, de acordo com o Correio da Manhã:

Os algarvios continuam a mostrar uma atitude "exemplar" em matéria de reciclagem. Tal como no ano passado, a região do Algarve continua a apresentar os melhores resultados nacionais em separação de resíduos urbanos. Ao que o CM apurou, ao longo dos últimos dez meses, a região voltou a ser uma das que mais lixo encaminharam para reciclagem, em termos globais, em comparação com outras zonas do País.”


Ler mais em: 

https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/regiao-exemplar-na-reciclagem

Além da reciclagem do metal, papel, vidro e plástico, há uma outra fonte muito importante de matérias-primas a partir dos eletrodomésticos estragados. Hoje em dia dá-se o nome de mineração urbana à recuperação dos diferentes materiais utilizados em electrodomésticos. Os telemóveis podem ser reciclados até 93% dos seus componentes. Com cerca de 10 000  telemóveis, (10 000 kg) enviados para reciclar, é possível recuperar 6 200 kg de uma mistura de plástico e 2 500 kg de metais, como alumínio, cobre, ouro, prata e paládio.

Se tiveres alguma dificuldade sobre como fazer reciclagem, já existe uma App da Quercus que te ajuda: Wasteapp!

Experimenta!

Mas nunca de esqueçam: antes de ser necessário reciclar, devemos procurar reutilizar e reaproveitar!

Profª Ana Machado

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SEMPRE AS ALTERAÇÕES

CLIMÁTICAS…!  

Ouvimos muitas vezes falar em alterações climáticas que levam ao aumento do efeito de estufa, chuvas ácidas entre outros tipos de alterações. Pelo menos, é o que a comunidade científica diz. Por outro lado, temos alguns governantes mundiais a dizer que é mentira ou uma visão muito fatalista e exagerada da realidade.

Ficamos sem saber o que fazer… ou acreditar. O que ninguém pode negar é que o nosso clima está mesmo a mudar. Têm aparecido fenómenos climáticos nunca antes registados, maior número de furacões a atingir as zonas costeiras, temperaturas mais altas por todo o planeta e chuvas torrenciais que deixam inúmeros desalojados e mortos.

Estas ocorrências existem mesmo. Vêmo-las nas notícias todos os dias. As emissões de gases poluentes continuam e têm um efeito cumulativo, isto é, quando conseguirmos alterar os nossos comportamentos do dia a dia, o planeta continuará a sofrer do que foi anteriormente emitido durante muito mais décadas.

 

 

Felizmente, muitos países continuam preocupados e interessados em salvar a “nossa casa”. Neste momento e até ao dia 14 de dezembro decorre a 24ª conferência da ONU para o clima, a COP24, de onde poderão sair medidas mais eficazes para diminuir a emissão de gases poluentes para a atmosfera. Vamos aguardar… e mudar!

Profª Ana Machado

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VAI CAIR UM ASTEROIDE NA TERRA…?!?!?

 

Vamos já começar pelo fim, antes que toda a gente fique alarmada: Não, não é nada provável que isso aconteça!

De vez em quando, nas redes sociais, disparam várias notícias sobre aproximação de asteroides em rota de colisão com o nosso planeta. No entanto, são mais especulações do que outra coisa. Notícias que pretendem alarmar-nos e lembrar que a Terra pode ter um fim próximo.

O último asteroide que foi detetado a aproximar-se da Terra, e que pode voltar mais 62 vezes, tem a hipótese de colidir com o planeta de 1 em 300 milhões. Chama-se 2018 LF16, percorre uma distância de 15 000 m em cada segundo e passou por nós a uma altitude de 22 000 km. Em astronomia, é só uma rasante. Mas e se caísse? A potência originada na colisão seria de 50 Megatons (o correspondente a 50 milhões de toneladas de dinamite). Equivale a um poder destruidor 3330 maior que a bomba utilizada em Hiroshima que possuía um poder destruidor de 15 quilotons.

O Homem já consegue criar esse mesmo efeito com a Bomba Tsar, construída na década de 50  pelos russos, sendo a maior bomba que se conhece em todo o mundo. Essa bomba chegou a ser testada numa ilha remota. A bola de fogo atingiu uma altura de 60 km e uma largura de 35 km, podendo ser vista a 1000 km de distância. A 100 km do epicentro da detonação ainda se sofreria de queimaduras de 3º grau. A deslocação de ar provou estragos diretos a mais de 1000 km de distância.

Portanto, é mais provável que expluda uma das bombas criadas pelo ser humano do que um asteroide caia sobre a superfície da Terra.

Profª Ana Machado

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O céu ao

longo de 2019

 

No início de cada ano proliferam as notícias fantásticas de imensas oportunidades novas e acontecimentos extraordinários que nos aguardam ao longo dos 365 dias do ano. Este ano, como seria de esperar, e por haver, ultimamente, várias notícias sobre astronomia de que falarei noutros posts, este tema tem sido muito apelativo para os jornalistas.

Um oferece a possibilidade de adicionar ao calendário, com uma funcionalidade do Google, as datas das efemérides mais importantes do ano. E anuncia que iremos poder ver chuvas de estrelas, eclipses, equinócios e super luas.

Vamos então analisar o que anuncia a comunicação social:

- chuva de estrelas: Todos os anos é possível ver “chuva de estrelas”. Nem é chuva, nem são estrelas que caem. Tem este nome porque são pequenos pontos brilhantes (semelhantes aos que as estrelas emitem) que atravessam o nosso céu em quantidades acima do habitual. Na primeira quinzena de agosto, de há cerca de 1 000 anos para cá, é sempre possível ver um fenómeno destes. Tratam-se de pequenos bocados de rocha (meteoros), deixados à deriva no espaço, por diferentes corpos celestes, que entram na órbita da Terra, sendo atraídos para a superfície desta. Ao entrarem na nossa atmosfera, à velocidade com que atravessam o ar, a fricção é tão grande que os fazem entrar em combustão, deixando um rasto de luz na sua passagem. O que há de especial este ano? É que até 12 de janeiro é possível ver uma “chuva de estrelas” com uma origem diferente da habitual. A que é possível assistir, todos os anos em agosto, tem origem no rasto do cometa Swift-Tuttle, que deixou muitas partículas numa zona do céu a que se dá o nome de Perseidas. A chuva de estrelas que observamos nesta altura do ano tem origem nas Quadrântidas, que se acredita serem restos de um asteroide.

 

- eclipse total da Lua – Em Portugal, na madrugada de 21 de janeiro, é possível ver um eclipse lunar total. Começa às 02:36 H , tem o pico máximo às 05:12 H e termina às 07:48 H. Associado a este evento, está a designação de Super Lua e de Lua Sangrenta. A primeira designação é por a proximidade da Lua com a Terra ser máxima (perigeu). Esse facto não torna a Lua imensamente maior em relação aos restantes dias em que estamos na fase de Lua Cheia. Existem várias pessoas, menos informadas, que pensam que sim. Dia 19 de fevereiro e dia 21 de março a Lua volta a estar no seu perigeu (onde a proximidade com a Terra é maior). A segunda designação tem a ver com o facto de a Lua, ao entrar na zona mais escura da sombra projetada pela Terra (a umbra), adquirir uma cor avermelhada. Só isso. Nada mais.

- Equinócio de março – Esta referência ao facto de ser um evento extraordinário para o ano 2019 tem alguma piada… Todos os anos, desde que a Terra é Terra que existem dois equinócios: o de março e o de setembro. Chama-se equinócio ao dia em que o número de horas de Sol é igual ao número de horas em que fica de noite (sem Sol). Já agora, também existem solstícios (o dia em que a exposição ao sol é maior e o dia em que é menor)!

- Trânsito de Mercúrio – Dia 11 de novembro, apenas visível no continente americano, o planeta mais próximo do Sol vai passar na frente deste, sendo possível ver um pequeno disco preto.

- Eclipse anular do Sol – Vai ocorrer no dia 26 de dezembro, mas não será visível em Portugal.  Este fenómeno ocorre quando a Lua cobre a parte de dentro da superfície visível do Sol, deixando um anel de luz à sua volta.

Profª Ana Machado

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DESCOBERTA DE UMA SUPERNOVA

Quando se fala em supernova, pensamos em algo muito grandioso e novo, que se está a formar agora. Esta nomenclatura tem origem no fato de, durante um certo período, este fenómeno se assemelhar ao momento em que surge uma estrela nova.

Não há a certeza, mas conta-se que no ano de 1054, os chineses detetaram uma luz muito brilhante no céu tendo acreditado que estavam a assistir ao nascimento de uma nova estrela. Só que não! Era, sim, o aparecimento de uma nebulosa: a Nebulosa do Caranguejo.

E o que é afinal uma Supernova? Como se forma e a partir do quê?

Afinal, uma supernova corresponde ao momento da morte de uma estrela maciça, uma estrela muito grande, muito maior que o nosso Sol. Nos seus momentos de agonia, a estrela de muito grande massa expande as suas camadas exteriores por diminuição das reações de fusão nucleares que a mantiveram toda a sua “vida”. Como um animal em fim de vida, enche os pulmões na ânsia de um novo folego.  Por fim, num último suspiro, contrai-se sobre si própria. Esse breve momento de contração leva a que todos os gases que foram produzidos durante os milhares de anos da sua vida. Essa contração é tão intensa e tão rápida que átomos e núcleos de átomos colidem ferozmente levando à formação de elementos químicos muito mais pesados.

Este momento de “morte” de uma estrela é grandioso em todos os sentidos. Descobrir um ponto no longuíssimo Universo onde se pode observar este momento da criação é algo inestimável para qualquer astrónomo.

Uma equipa internacional de astrónomos registou o momento de supernova de uma estrela. Mas, esta descoberta ainda é mais impressionante do que, por si só, já prometia. A luz emitida nos primeiros momentos desta violenta explosão revelou padrões inesperados. Tratava-se de uma supernova do tipo IA. São as mais brilhantes com capacidade de ejetar material a uma velocidade de 10 mil km por segundo iluminando a sua galáxia toda. Ainda há muito por descobrir à volta destes fenómenos e a natureza encontra sempre forma de nos surpreender.

Profª Ana Machado

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Voar num drone!

Parece ficção científica, mas não é!

Já em 2019, será possível apanhar um táxi muito diferente que não para no trânsito e segue em linha reta até ao destino. Além disso, não requer a presença do famoso taxista.

Em Singapura (Ásia), no próximo ano vai ser possível apanhar um destes táxis que sobrevoarão a cidade (têm uma autonomia de 30 km), levando duas pessoas. Combinam o conceito do táxi, com o de um drone, por ser comandado por GPS, e de um helicóptero devido ao seu formato.

Inicialmente, este projeto de uma empresa alemã, Volocopter, apenas será testado nesta cidade, tendo já passado nos testes em ambientes com pouca navegação aérea.

 

Imagem in Truotudiario, 1 de agosto de 2017

Profª Ana Machado

 

 

   E… aterrámos em Marte!

A sonda InSight (Interior Exploration using Seismic Investigations, Geodesy and Heat Transport) é operada pela NASA e foi enviada a 5 de maio de 2018, com destino a Marte. Passados quase 200 dias a viajar, o centro de operações da NASA recebeu a tão desejada mensagem: “Aqui sonda InSight. Cheguei bem.” E, tal como qualquer outro viajante, anexou uma bela foto da sua nova casa. Nos próximos dois anos continuará a enviar fotos e resultados obtidos pelo sismógrafo, pelo medidor do fluxo de calor e outros aparelhos que permitem conhecer a rotação e a estrutura interior, temperatura e ventos.

 

 

Pois é, dirão alguns “Para que quereremos nós, gastar milhões de euros a saber se em Marte a temperatura está boa?!” Claro que, para isso, não haveria necessidade de gastar tanto dinheiro! Só o atraso de dois anos no envio desta sonda custou 150 milhões de euros! Conhecer os outros planetas é muito importante para tentarmos perceber como evoluiu o nosso próprio planeta e o que se espera que venha a acontecer.

A primeira missão,  que não foi bem sucedida, enviada a Marte, foi lançada pela antiga URSS a 10 de outubro de 1960 – Marsnik 1. Dez tentativas falhadas depois, realizadas tanto pela URSS como pela USA, a 31 de julho de 1969, a Marine 6 conseguiu ficar a uma altitude de 3300 km, tendo recolhido várias informações e fotos. Durante mais de 5 décadas foram realizadas cerca de 37 missões.

Esta última missão irá recolher informações igualmente importantes para a construção de uma estação humana na superfície do planeta vermelho. O CEO da Tesla, Elon Musk, acredita que em 2028 esta estação já será uma realidade.

Já agora, sabes porque se chama “Marte” a este planeta? Devido à presença de óxidos de ferro na sua superfície, o planeta apresenta uma coloração avermelhada. Os antigos romanos atribuíram-lhe o nome do seu deus da guerra: Marte.

Profª Ana Machado

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Viagens com

vento iónico

 

Todos já ouvimos falar na forma como funcionam os motores propulsores dos aviões. Funcionam através da queima de um combustível, acionando pás rotativas que permitem que o avião atinja velocidades suficientes para se manter no ar. Um dos princípios teóricos que está por detrás desta conceção, é a 3ª Lei de Newton – Par ação-reação: para que um corpo vá para a frente, algo tem de ficar para trás.

Inspirados nos filmes do Star-Trek, onde se veem naves que deslizam sem libertação de gases poluentes nem ondas sonoras, apenas deixando um inspirador traço azul à sua passagem, os cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) desenvolveram o primeiro avião movido por vento iónico.

No entanto, as Leis de Newton mantêm-se! Para que o avião se desloque para a frente algo é deixado para trás. Neste caso, um “vento” formado pelos iões que o reator produz através da colisão de eletrões com átomos de árgon (um gás inerte) ou de mercúrio no estado gasoso. Assim, o avião não tem peças movíveis nem liberta gases poluentes.

Para já, nem tão cedo conseguimos viajar num avião assim. É apenas um pequeno passo para se conseguir o transporte de pessoas ou carga por este meio. Para já, “apenas”  conseguiram que um pequeno avião  de 5 metros de envergadura e um peso de 2,450 kg se deslocasse 60 metros, em 10 segundos.

Profª Ana Paula Machado

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1 kg deixa de ser 1kg?!?

Será possível que o número de castanhas (já que estamos no outono), que cabe num quilograma, vai ser alterada? Se for para mais, até seria bom!

Mas isso não vai acontecer. As nossas compras vão continuar a decorrer da mesma forma.

Então o que se passa?

Uma medição de comprimento, massa, peso, etc. corresponde sempre à comparação entre o que queremos medir e um padrão. Por exemplo, se quiser saber o comprimento de um lápis, comparo-o com uma escala marcada numa régua. Fico a saber quantas vezes é que o lápis cabe na régua.

E quem decide o tamanho de, por exemplo, 1 cm na régua? Ao longo da história já existiram diversas formas para definir 1 metro. Até houve uma altura em que 1 metro correspondia ao comprimento de um braço do rei. Belo sarilho em que se meteram! Imaginem o trabalho de alterar o comprimento de 1 metro cada vez que um rei morria. E imaginem ter de fazer depois as diversas cópias para o país todo. Numa época em que se viajava que nem um caracol… tantas compras mal medidas que devem ter sido feitas!

Ao longo dos tempos, os padrões de comparação têm vindo a ser alterados para as diversas unidades. O comprimento de 1 metro passou a ser a distância que a luz percorre em 0,000000003 segundos! Pode parecer estranho e mais complicado, mas o valor é sempre o mesmo em qualquer parte do mundo.

Para o quilograma existe um cilindro, guardado num museu em Sèvres, França, a partir do qual foram feitas 40 réplicas em 1889.

Algumas dessas réplicas voltaram agora ao museu para serem comparadas com a original. E estavam diferentes! Não muito… cerca de 0,00050 gramas. Nada de mais… O problema é que, com o passar dos anos, fizeram-se réplicas das réplicas e das réplicas… e não é possível levar todos os cilindros a França para serem comparados. Em 2019 um comité formado por um grupo de cientistas vai procurar um padrão que não varie quando são feitas réplicas e que seja de fácil acesso para o mundo inteiro.

Tudo calmo na mesma… é só o conceito, a ideia que muda!

Prof.ª Ana Machado

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A  história do número 

 

 

 

 

 

 

 


A história do aparecimento do pi remonta ao tempo dos antigos egípcios,  ou seja, há mais de 4000 anos. Ainda que nessa altura, não fosse designado pela letra grega que o tornou famoso. Alguns papiros antigos mostram que os egípcios estimaram que o valor do pi seria 3,16.

Mas afinal o que é o número pi (π)  ?

Explicado de forma simples, o pi é um número irracional. Representa-se pela letra grega π e serve para designar a razão entre o comprimento de uma circunferência e o seu diâmetro. Esse valor é sempre igual, independentemente do tamanho da circunferência!

 

Como foi a evolução do pi?

O pi tem uma longa história. Foram muitas as civilizações antigas que tentaram descobrir o valor do pi o mais aproximado possível. Como já foi referido, os egípcios,   há mais de 4000 anos, chegaram ao valor aproximado de 3,16316. Mais ou menos na mesma altura, os babilónios obtiverem o valor aproximado de 3,1253125. Por volta do séc. III a.C. o grande matemático grego Arquimedes começou por calcular o perímetro de dois hexágonos, um inscrito e outro circunscrito numa circunferência. Ao aumentar o número de lados do polígono, até chegar aos 96 lados, conseguiu uma aproximação para o valor do pi igual a 3,1423142. Usando a mesma técnica, Ptolomeu com um polígono de 720 lados conseguiu uma estimativa de 3,141631416. Mais tarde, por volta do séc. V, os chineses, utilizando um polígono com 3072 lados conseguiram a estimativa de 3,14159314159. E assim foram sendo melhoradas as estimativas ao longo dos anos. É contudo de salientar que todas estes cálculos eram feitos à mão. Por exemplo, no séc XVI, o holandês Ludolph van Ceulen conseguiu obter o valor do pi com 35 casas decimais. Nessa altura, este tipo de cálculos demoravam anos e anos e era um trabalho intensivo! Mais recentemente, com o aparecimento dos computadores, já foi possível calcular o valor do pi com milhões de casas decimais.

Então e o símbolo (π), quando é que apareceu?

Muitos dos símbolos matemáticos usados nos dias de hoje, devem-se ao grande matemático suíço Leonhard Euler. Foi ele, que em 1737 deu a conhecer o símbolo π para representar o famoso número pi. Foi também nessa altura, que os matemáticos demonstraram que o pi é um número irracional, sendo o número de casas decimais necessárias infinito e sem período ou seja é uma dizima infinita e não periódica.

Prof. António Júlio 

 

Sítios de consulta:

https://www.matematica.pt/faq/historia-numero-pi.php

https://www.matematica.pt/faq/historia-numero-pi.php

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Sondas, europeia e japonesa, viajam para Mercúrio

 

Mercúrio é o planeta mais próximo da nossa estrela. Encontra-se a uns meros 57 910 000 km (uma distância que corresponde a pouco mais que o perímetro do nosso planeta) e à distância de 91 700 000 km a nossa Terra. Apesar de estar mais próximo do que Titã (uma das luas de Saturno) não costuma ser alvo de muitas visitas por parte dos “terráqueos”.

No entanto, no passado dia 20 de outubro, às 02:45 horas (hora de Lisboa), foram lançadas duas sondas com a ajuda do foguetão Ariane 5. Esta missão tem a parceria da ESA (Agência Espacial Europeia) e da JAXA (Agência Espacial Japonesa). As duas sondas só chegarão a Mercúrio daqui a 7 anos. Não que a distância seja assim tão longa, mas as sondas irão aproximar-se da Terra, Vénus e Mercúrio várias vezes até ficarem definitivamente em órbita com este planeta.

Mercúrio, devido à sua proximidade com o Sol, é um planeta muito quente. Devido à sua muito escassa atmosfera, não consegue manter a sua temperatura. De dia pode atingir os 427º C, permitindo fazer um belo churrasco, mas à noite desce para os -183º C, congelando tudo o que encontra. Deveria ser o planeta mais quente, mas não é!

A sonda europeia ficará a orbitar uma zona baixa da órbita de Mercúrio, para recolher informações sobre o interior, a superfície e camada exterior da atmosfera. A sonda japonesa orbitará muito mais longe e estudará a magnetosfera do planeta.

Podes assistir ao lançamento do foguetão clicando no link:

 https://www.noticiasaominuto.com/tech/1103546/imagens-do-lancamento-do-foguetao-da-primeira-missao-europeia-a-mercurio

Profª Ana Machado

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