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Close-up de mãos jogando videogame

Na rede

 

 

Como a internet 5G

deve revolucionar a indústria

Nova geração de rede móvel promete ampliar as possibilidades da produção e da indústria de entretenimento. Mas os consumidores terão que esperar até que o padrão chegue aos dispositivos encontrados no mercado.

Para iniciantes – o que é 5G?

A resposta curta: é a internet móvel 100 vezes mais rápida do que a atual, com transferências de dados quase em tempo real.

Resposta mais longa: 5G é a abreviação para "quinta geração de redes móveis”, sucessora da 4G (2010) também conhecida como LTE. A rede 5G vem com duas grandes vantagens: a primeira é a velocidade de download, de até 10 gigabits por segundo. Isso significa que, com ela, é possível baixar um filme em DVD normal (5 GB) em cerca de meio segundo apenas. Já no caso de um filme em 4K (mais de 100 GB), é possível tê-lo em cerca de 10 segundos, superando até mesmo a velocidade de uma conexão wi-fi. Talvez ainda mais importante seja a segunda vantagem: o atraso da transferência de dados, conhecido como latência, durará apenas milissegundos. Isso significa que os dados podem ser transferidos quase que instantaneamente, o que é um pré-requisito para tecnologias inovadoras pesadas, como condução autónoma e telemedicina.

O que é que ganham os consumidores?

No começo, nem tanto. Uma razão é que simplesmente não existe ainda no mercado o tipo certo de smartphone. Nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, o público teve a oportunidade de experimentar dispositivos 5G e assistir a vídeos em tempo real e em 360 graus de atletas a competir. Tentar o mesmo num telefone 4G é submeter-se a infinitas pausas para o carregamento de vídeo. E há outro problema: até as gerações anteriores não estão disponíveis em todos os lugares. Em muitos países, o 3G (UMTS) ainda forma a espinha dorsal da infraestrutura móvel e em muitas regiões em desenvolvimento o 2G ainda reina (GPRS ou EDGE).

Que indústrias vão lucrar com a velocidade 5G?

Além das operadoras, que esperam transformar em lucro os pesados investimentos nessa internet móvel de alta velocidade, as construtoras de carros e outros fabricantes também estão a tentar colocar as mãos nesta tecnologia. Para as construtoras, a visão é de veículos autónomos inteligentes, que se comunicam diretamente, para se atualizarem mutuamente em engarrafamentos e estradas.

Já o restante da indústria espera que essa tecnologia possibilite que máquinas possam ser coordenadas para uma produção mais eficiente. Para a logística, seria um benefício equipar as mercadorias (como peixes congelados, por exemplo) com minúsculos chips 5G de comunicação, que informam sobre a localização e condições envolventes, como a temperatura. 

Quando é que o sinal 5G estará disponível?

Em março de 2019, a Coreia do Sul, provavelmente, tornar-se-á o primeiro país a lançar o 5G. As três principais operadoras de telecomunicações estão a trabalhar juntas para lançar os serviços 5G no país. Nesta época, os reguladores na Alemanha começarão a vender frequências para as operadoras de telefones móveis. A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês) começou a vender frequências de 5G em novembro deste ano. Outros que estão avançados na corrida são a China e o Japão.

https://www.dw.com/pt-br/como-a-internet-5g-deve-revolucionar-a-ind%C3%BAstria/a-46508799 

Geração desconectada...

Num mundo onde tudo o que fazemos online é registado e vigiado, uma geração totalmente digital será particularmente vulnerável. Em Portugal, onde o hiato entre a literacia informática entre pais e filhos é dos maiores da Europa, a “geração Magalhães” está entregue a si própria.

Marta Gonzaga, 14 anos, 9.º ano, Funchal. Nem precisa de sair da cama. Basta estender um braço para enviar à melhor amiga, por Snapchat, uma imagem sua a acordar, mas só por um segundo, talvez dois, para que a amiga não se fixe nos pormenores. Pode ver um vídeo de cinco segundos de alguém conhecido a lavar os dentes, actualizar fotos de alguns desconhecidos que adicionou no Instagram, congelar num screenshot um momento banal registado do outro lado do mundo. Selfies no Instagram, acha feio. E chat no Facebook é pouco autêntico. “Já ninguém usa o Facebook. Há um ano, sim, mas agora…” A competição pelo número de “likes” é uma infantilidade do passado. Uma obsessão inútil por “ser ou não ser muito popular”. Que importância tem isso? “Tudo é falso no Facebook. Os verdadeiros amigos estão no Twitter. É um ambiente diferente.”

Tudo o que escreve no Twitter tem destinatário: os elementos da banda One Direction. Nunca responderam, mas “só de escrever as frases uma pessoa já se sente melhor”. Tal como formular desejos na Fandom da banda ou despejar milhares de caracteres de histórias inventadas com o One Direction Harry contracenando com outras celebridades, no site para jovens escritores Wattpad. As fics (fanfiction) de Marta são de leitura proibida a amigos e família, fintados com nicknames e passwords, embora já tenham ultrapassado as 27.840 visualizações, todas de leitores desconhecidos. Cada um dos 1700 seguidores recebe uma notificação sempre que Marta “lança ao mundo” um novo capítulo, tal como ela (e outros mil milhões de seguidores) foi notificada de cada um dos 300 capítulos da série After, que a americana Anna Todd foi publicando na Biblioteca Virtual, antes de os ler na íntegra no ecrã do telemóvel. E de ter respondido com comentários, sugestões e desabafos, no Wattpad, Fandom, WhatsApp, Instagram, Snapchat ou Twitter, em forma de emojis, abreviaturas ou onomatopaicos, sobre a vida social ou íntima dos One Direction, das amigas ou de si própria.

“Vou de férias mpts (meus putos)” e “Naqueles momentos em que a mãe grita contigo e tu finges que não ouves” são exemplos das frases que Marta lança no Twitter, para depois contar os retweets que provoca, as reacções do género “ahahah”, ou :) (smile), ou mesmo as reaction picture (selfies que as amigas fizeram com a cara com que reagiram ao tweet).

Tudo isto sem sair da cama, no seu quarto, onde é notório que a secretária nunca é usada, enquanto André Nunes, 12 anos, 7.º ano, Parede, Cascais, faz vigílias madrugada fora com dois monitores abertos ao mesmo tempo, um com o jogo multiplayer online League of Legends, ou Minecraft, ou Watchdog, outro com o Skype dividido em cinco chamadas simultâneas onde vai comentando o jogo com os amigos, e talvez ainda um vídeo no YouTube com explicações sobre o jogo, além do Facebook, as sms do telemóvel e provavelmente a PlayStation. Por vezes fica online seis ou sete horas seguidas, com a mãe no quarto ao lado a ameaçar desligar o router e a irmã a queixar-se da sobrecarga da rede que a torna lenta quando ela quer ver um filme no Wareztuga.pt, falar com as amigas no Facebook e constituir família no jogo Sims.

in https://www.publico.pt/2015/04/05/sociedade/noticia/a-geracao-da-net-esta-sem-rede-1691262

"E se fosse consigo?" a série televisiva da SIC, onde neste episódio se aborda os perigos da Internet, que passam para a vida real em encontros marcados às cegas, ou o isolamento social dos jovens hoje em dia que vivem a vida a partir de um ecrã!

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