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jornal escolar
Reportagem

                   ADOLESCÊNCIA

 

 Alterações físicas  

Existe um ciclo, que tem duração de dois

anos, e nele  as raparigas chegam a crescer

9 cm ao ano e os rapazes 11 cm.  Por causa

das energias gastas neste crescimento, a

ingestão de alimentos aumenta. Durante

esta fase, ocorrem transformações

hormonais no corpo, que favorecem não

só o aparecimento de acne, como também alteram profundamente o comportamento e a interação com os outros.

   Muitas pessoas confundem a adolescência com a puberdade. A puberdade é a fase inicial da adolescência, caracterizada pelas transformações físicas e biológicas no corpo dos meninos e das meninas. É durante a puberdade que ocorre o desenvolvimento dos órgãos sexuais. 

    Para os adolescentes, as amizades são importantes e dão a sensação de fazer parte de um grupo de interesses comuns. 

 

 Interação social

Boa parte da adolescência passa-se no período escolar, por essa razão a escola exerce um  papel fundamental, seja na formação ou na orientação do jovem. Compreender os seus comportamentos, ajuda os próprios a acalmar o conflito entre o julgamento dos outros e a  aceitação relativamente ao que estes pensam de si próprios. Deste modo, a escola pode contribuir para uma melhor decisão nas escolhas, nesta fase do crescimento em que parece não haver decisão que seja suficiente para os problemas que eles sentem. 

    Depois temos a adolescência em casa. Por vezes, é um grande problema. Porquê? Bem, se um/a adolescente só fica em casa e só sai para dar “uma volta” e não fala sobre as suas amizades, então podemos estar perante um problema. O relacionamento com os amigos está extremamente ligado ao relacionamento saudável com a família.  

 

Por fim, temos a adolescência na família.

   A família é sempre a primeira pessoa em quem a criança confia e com quem socializa nesta fase da adolescência. Há uma mudança muito significativa na relação entre pais e adolescentes, havendo também, por vezes conflitos, que resultam da procura de mais independência nas escolhas por parte dos adolescentes  e de controlo por parte  dos pais. 

 

 Falando agora da NOSSA própria experiência como

adolescentes. 

Não é muito fácil falar, mas… aqui vai!  Para ser mais fácil, 

vamos falar todos numa só voz. 

     Ser adolescente não é assim tão fácil, nós começamos a ver o que custa realmente viver… vemos que nada dura para sempre, amizades vêm e vão, as nossas hormonas estão sempre à flor da pele, temos muitas discussões e sentimos que ninguém nos entende e também começamos a comparar-nos e a sentir que não somos iguais aos outros e que não valemos nada, mas enfim… 

    Para superar esta fase o que fazer?

    A solução é não exagerar e não pensar que esta fase nunca mais passa, que é "o fim do mundo". Uma conversa franca com uma pessoa de confiança é "o melhor remédio"! Sentimos que alguém nos compreende e que não estamos sós. Apercebemo-nos também de que os nossos problemas são, afinal, os problemas de TODOS e que não somos assim tão diferentes dos outros. Além disto, viver as aventuras próprias dos adolescentes, com paixões… carinhos… beijos… enfim, tudo faz parte desta idade e experimentar isto faz parte da idade e, além disso, ajuda a crescer com mais saúde psicológica! Aproveita a vida enquanto podes!

    Para percebermos o quanto a adolescência é um período difícil da vida, vamos dar-vos a conhecer um pequeno dado

Dado estatístico:

   Em Portugal, o primeiro destes estudos foi aplicado em 1998 e o último em 2018. O estudo, realizado entre 1998 e 2019, coordenado pela psicóloga Margarida Gaspar de Matos, integrou este ano cerca de 6.000 questionários, em 40 agrupamentos de escolas do ensino regular (Portugal continental), num total de 452 turmas. As respostas são de alunos do 6.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade.

   Um dado interessante deste estudo indica que, em comparação com o último ano estudado em Portugal (2018), baixou a satisfação com a vida (passou de um valor médio de 7,68 para 7,50) nos jovens de 11, 13 e 15 anos, assim como a perceção de felicidade. Mais de um em cada quatro (27,2%) adolescentes em idade escolar disseram sentir-se infelizes (18,3% em 2018).

Perante este estudo, relembramos alguns conselhos dos nossos psicólogos, para enfrentar esta fase:

- deixar o passado no passado, viver o presente com esperança de que os problemas se vão resolver.; aliás, há sempre problemas novos.

Jornalistas: Maria João Rebolo e Natália Frade

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